23/01/10

Dois pontos

Dois pontos,
Foi a tua proposta, em tom provocador,
(salvo o respeito e a amizade que me mereces).
Não aceito, sinceramente, tal veleidade,
Mas respondo ao repto: (dois pontos) -
É que sem espírito para contar contos
E sem querer conquistar pontos,
Acredita, se quiseres, nesta verdade,
Sem pontos. -
Quem não se afoita, acreditando no amor e,
Se quem espera desespera,
O que detém algo de verdade: -
Sem peias nem meias, quero manter a liberdade
De que gostem de mim porque sim.
Não porque sou assim.
Não porque sou assado.
O importante é que acreditem em mim
Como um homem leal e apaixonado.
Como a vida não deve ser arena de tontos,
Só posso terminar, retorquindo, pois:
Que se tudo o que se almeja não for obra de dois,
Que queres que te diga – Dois pontos?
Se algo mexe com as nossas consciências,
Sem que exista capacidade de interacção,
Bem ao largo há que por o coração
E urtigas para os dois pontos: - reticências…

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