27/12/09

Feliz 2010!


"Existe somente uma idade para a gente ser feliz.
Somente uma época na vida de cada pessoa
em que é possível sonhar e fazer planos
e ter energia bastante para realizá-los,
a despeito de todas as dificuldade e obstáculos.
Uma só idade para a gente se encantar com a vida
e viver apaixonadamente
e desfrutar tudo com toda intensidade
sem medo nem culpa de sentir prazer.
Fase dourada em que a gente pode
criar e recriar a vida
à nossa própria imagem e semelhança
e vestir-se com todas as cores
e experimentar todos os sabores.
Tempo de entusiasmo e coragem
em que todo desafio é mais um convite
à luta que a gente enfrenta com toda disposição
de tentar algo novo,
de novo e de novo,
e quantas vezes for preciso.
Essa idade tão fugaz na vida da gente
chama-se presente,
também conhecida como agora ou já
e tem a duração do instante que passa..."
(autor desconhecido)

15/12/09

Deixa que digam...

Deixa que digam

Não caias em importar-te

Das coisas vãs…

Que é honra comparada

Com o fulgor das manhãs?



08/12/09

Preferia ter ...


Preferia ter por travesseiro
Um tronco
E as estrelas por manto
E sentir-te minha
E ser teu também
Mas, sempre que me deito
Espera-me um leito, vazio.
E um sono intranquilo
E um acordar sem carinho
E mais um dia
Que também passo
Quase sem ti.

Volta-me...


Volta-me o sabor
Pelas coisas belas.
A vontade de viver,
De admirar,
Incógnitas janelas
De sorrir a tudo o que passar;
Volta-me a juventude, o sangue, a vida…
E tudo isto, querida, só por ti.

01/12/09

Negação






Deste país, de fantasia, cada vez mais, doa o que digo a quem doer,
Não me fecundem. É que estou cansado e sem pachorra
De suportar a vilania, o despudor, a caca, desta vida sem prazer
Cujo sumo, que nos querem fazer doce, mas que ao fim é uma porra.

Que país? Não acredito na sua viabilidade, que merda esta?
Mil seiscentos e quarenta, dinastia, que oxalá não tivesse tido fim.
Portugal indefinido; de crápulas, mas sempre, sempre em festa
Antes Castelhano, o que quiserem e bem, mas não Luso assim.

Não me exijam, sem razão, recuso, qualquer patriotismo, e porquê?
Porque a pátria é um quintal de meia dúzia de senhores
E não é por este país, seguramente, que irei morrer de amores.

Já não aguento tamanho despotismo, cansado tanto estou, que digo
Só é cego quem não quer ver e não tanto o que realmente não vê
Por isso, desiludido, mando à fava este país e, intranquilo, sigo.

Tristes ou não...


Tristes ou não
Que somos, não importa
Se estamos é de nada:
Porque se fecha uma porta,
Ou porque um vento que sopra,
Uma chuva ou um incêndio
Que se afunda ao longe
A navegar.
Uma conversa
Em que nos foi preciso falar…

Tristes ou não
Sempre em tudo somos dois
Os tristes que alegres cantam
Alegrias de chorar.

Loucura II

Não, não foi a noite
Que caiu na cidade
Que me deixou assim.
Não foram os versos,
Nem as árvores que dormem,
Nem os carros que correm
Solitários e loucos,
Nem as gentes que passam,
Nem os pares que se abraçam,
Nem a calma que há.

Loucura I


Tão vago é estar
Seja desta forma vaga
Que se não define nunca
O ser
O estar de ser sem estado
(pois se estar é tão vago)