
Estou cansado, nem sei de quê
Nem lhe descubro o porquê
Bem tento
E quanto mais eu o faço
Maior se torna o cansaço
Pode até ser um momento
Daqueles que enjeitamos
Sem lhe saber a razão
Mil voltas ao pensamento
De repente, num momento
Eis clara a solução:
Estou cansado deste país
Que apodrecida a raiz
Me cansa, já sei do quê
É desta esperança adiada
De um povo que corre a estrada
Mas cujo fim não vê
2 comentários:
A raíz está podre. Fétida. O pior é que a "coisa" já vai até ao tronco.
Faço aqui uma ressalva ao meu comentário anterior: gosto de poesia quando o enfoque está em questões sociais e... palpáveis.
Ora viva Joaquim
Gostei muito deste teu poema.
Claro que a métrica está boa mas para mim conta mais a mensagem e essa agradou-me em absoluto. Na verdade vivemos num país de “mortos vivos”.
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