16/12/10

CAMINHOS VÃOS



Estou cansado, nem sei de quê

Nem lhe descubro o porquê

Bem tento

E quanto mais eu o faço

Maior se torna o cansaço

Pode até ser um momento

Daqueles que enjeitamos

Sem lhe saber a razão

Mil voltas ao pensamento

De repente, num momento

Eis clara a solução:

Estou cansado deste país

Que apodrecida a raiz

Me cansa, já sei do quê

É desta esperança adiada

De um povo que corre a estrada

Mas cujo fim não vê

2 comentários:

Fernando Freitas disse...

A raíz está podre. Fétida. O pior é que a "coisa" já vai até ao tronco.

Faço aqui uma ressalva ao meu comentário anterior: gosto de poesia quando o enfoque está em questões sociais e... palpáveis.

Unknown disse...

Ora viva Joaquim

Gostei muito deste teu poema.
Claro que a métrica está boa mas para mim conta mais a mensagem e essa agradou-me em absoluto. Na verdade vivemos num país de “mortos vivos”.