Deste país, de fantasia, cada vez mais, doa o que digo a quem doer,
Não me fecundem. É que estou cansado e sem pachorra
De suportar a vilania, o despudor, a caca, desta vida sem prazer
Cujo sumo, que nos querem fazer doce, mas que ao fim é uma porra.
Que país? Não acredito na sua viabilidade, que merda esta?
Mil seiscentos e quarenta, dinastia, que oxalá não tivesse tido fim.
Portugal indefinido; de crápulas, mas sempre, sempre em festa
Antes Castelhano, o que quiserem e bem, mas não Luso assim.
Não me exijam, sem razão, recuso, qualquer patriotismo, e porquê?
Porque a pátria é um quintal de meia dúzia de senhores
E não é por este país, seguramente, que irei morrer de amores.
Já não aguento tamanho despotismo, cansado tanto estou, que digo
Só é cego quem não quer ver e não tanto o que realmente não vê
Por isso, desiludido, mando à fava este país e, intranquilo, sigo.
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